Parece aula de baliza mas na verdade se trata das expressões utilizadas pelos guardadores de carros, cada vez mais presentes nas grandes cidades em busca do seu trocado.
Enquanto o motorista reserva algumas moedas, eles rapidamente se concentram em chamar pelo "cliente" seguinte, mesmo sendo alguém apenas de passagem pelo local.
Divididos em pontos estratégicos, encontram vagas onde elas teoricamente inexistem, fazendo um serviço informal que não necessariamente precisaria acontecer.
O trabalho, comum sobretudo nos finais de semana, quando um sem número de automóveis se espremem nas diminutas ruas e vielas próximas a bares, restaurantes e pontos de encontro, serve de tapa-buraco para os contínuos problemas de estacionamento das metrópoles.
O questionamento que surge se concentra na confusão feita entre o público e o privado.
No caso, começa a partir do suposto direito que cada um desses meninos, rapazes e senhores adota para controlar a entrada e permanência dos bólidos nas vias, ganhando dinheiro para "cuidar" dos mesmos.
Continua porque, ao mesmo tempo, autarquias e empresas responsáveis pelo trânsito permanecem inertes, juntamente com os profissionais do planejamento urbano que deixam de transformar esses gargalos conglomerados em um local aprazível.
Ainda permanece na vertente dos particulares. Despreocupados, grande parte dos motoristas continua fazendo questão de ir com o carro próprio ao local, mesmo sabendo que pode ficar sem ter onde colocá-lo devido aos empecilhos citados.
A partir dessa perspectiva, fica a preocupação.
Se a rua, pública, está dominada por pessoas desempregadas que vêem ali uma chance de se aproveitar particularmente, enquanto que quem devia tomar conta do espaço ou remanejá-lo com verba pública nada faz e nem se preocupa em regulamentar esses caras, de que forma o particular, motorista ou passageiro, deveria proceder?
No momento, continua se rendendo, dando qualquer valor ao guardador. Ambos saem "felizes".
A longo prazo, se reeducando. Levar dois ou três amigos no carro tem muitos benefícios. Cada noite se reveza quem bebe e quem dirige, economiza-se combustível, diminui-se os carros na rua e, de quebra, ainda se conhece melhor pelas conversas antes de chegar ao buteco.
Para agora, e de maneira urgente, se reclama. Exija mudanças! Chega dessa sequência de erros virando bola de neve! Reorganização urbana na pauta. Mas de nada adianta ficar apenas nas palavras. Se mexer e ajudar do seu jeito leva consciência.
Contribua para o bem público, e ganhe o particular de brinde!
De um cara sem carteira de motorista e que mal sabe dirigir, mas nao aguenta mais assistir como passageiro a essa putaria diária!
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