quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Máfia das carteirinhas da UNE será regulamentada pela Lei Geral da Copa

Não bastasse fraudar urnas de eleições de diretórios e centros acadêmicos, roubar atas que aprovaram a destituição de suas entidades fajutas, mandar seguranças agredirem estudantes contrários às suas propostas ou coagir os delegados de seus congressos a votar a seu favor para não serem deixados à míngua sem transporte de volta para casa, além de usar dinheiro da União para promover festinhas particulares, agora a UNE(UJS/PC do B) enfiou goela abaixo que o texto da Lei Geral da Copa deve permitir que apenas estudantes com carteirinhas da entidade e da UBES(secundaristas) tenham direito a comprar ingressos a preços populares para o Mundial de Futebol de 2014.

Olhem só o privilégio que eles pretendem garantir: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/so-carteira-da-une-vai-valer-na-copa-do-mundo/

Conforme diz esse texto, a UNE tenta desde 2001 tirar dos estudantes que não têm sua carteirinha o direito de assistir a eventos esportivos e culturais pagando metade do preço, prevista em uma medida provisória aprovada na época.

A inversão de valores é sentida. Quer dizer que se você não for filiado à UNE deixa de ser estudante!?

A imposição de agora estende o benefício no máximo a pessoas que possuírem documentos emitidos por diretórios centrais, além de associações nacionais, estaduais ou municipais de alunos, excluindo do processo as escolas do ensino básico e o movimento estudantil independente de sua laia de capachos.

Mesmo com seus antigos militantes Orlando Silva e Wadson Ribeiro fora do Ministério do Esporte após uma série de denúncias sobre pagamento de propina e irregularidades em convênios com ONGs, os stalinistas ainda conseguem colocar seus tentáculos sobre o direito de cidadãos em participar do evento sem ter de pagar os valores absurdos idealizados pela Fifa.

E o mais trágico, forçar as pessoas interessadas em assistir aos jogos a colocarem sua cara em um documento sem saber da sujeira que se esconde por trás da sua confecção e a que absurdos o dinheiro de sua mensalidade paga, mas que eu vou contar agora.

E direi o que presenciei da história enquanto fui estudante porque não vou me abalar ao ouvir dos canalhas da UJS que dirigem a UNE atualmente que a medida visa a coibir irregularidades.

Logo eles, que comandam uma verdadeira máfia de carteirinhas, oferecendo o documento a profissionais formados e a qualquer outro que pague para ter o direito à meia-entrada, mas que não são mais ou nunca foram estudantes.

Para começar nossa explanação sobre as maracutaias da União da Juventude Socialista dentro da UNE, falemos dos consequentes direcionamentos de seus quadros para a política governamental, como o visto no caso do ex-secretário de Esportes de Campinas, Gustavo Petta, cunhado do ex-ministro do Esporte, que foi exonerado na esteira das denúncias na Esplanada, apesar de negar a prática de irregularidades.

Ex-presidente da UNE e membro da UJS, ele era mais conhecido como "Capeta" pelos adversários de outras correntes políticas do movimento estudantil enquanto foi matriculado na PUC de Campinas, no início dos anos 2000, devido às suas recorrentes práticas fraudulentas no comando da entidade, métodos aplicados também em outras instituições.

Quando entrei no curso de jornalismo da Unesp, do campus de Bauru, em 2004, o DCE da universidade, sob a batuta da UJS, foi DESTITUÍDO de suas atribuições em um Congresso Estudantil por conta de uma série de atitudes e posturas contrárias aos interesses dos alunos, mas sobretudo pela forma escandalosa e descarada com que fraudava as eleições do DCE.

Essa experiência seria digna de nota positiva a favor do movimento não fosse uma das dirigentes da referida corrente política chamada Cristiane(não me recordo do sobrenome), ROUBAR a ata que ratificou a saída de seus cúmplices e correr em direção ao ônibus que lhe trouxe a Bauru, transporte coletivo este já com os motores ligados e os demais delegados aguardando sentadinhos para sumir do mapa.

No ano seguinte, durante o congresso da UNE em Goiânia, foi a vez dos gorilas contratados pela direção da entidade atacarem a esmo militantes de outras correntes que se manifestavam contra suas decisões, terminando com saldo de diversos feridos, entre eles um aluno que perdeu um dedo enquanto era empurrado contra um portão.

Já em 2006, em mais um encontro na Unicamp, em Campinas, os adoradores de Stálin promoveram shows bancados com repasses do governo federal, para quem abaixam a cabeça desde a chegada do PT ao poder, bastando ver o orçamento oficial do Planalto, que lhes manda dinheiro só exigindo obediência.

Foi assim o combinado para que apoiassem o Prouni, programa que ao invés de aumentar as vagas no ensino superior público salvou da falência os tubarões do ensino, donos das faculdades particulares que viam o êxodo cada vez maior de seus alunos e a consequente queda na receita, mas que da noite para o dia começaram a ganhar verba pública em troca de oferecer bolsas a estudantes de baixa renda.

Também foi da mesma forma com o Reuni, plano feito para consertar a cagada do Prouni, e que aí sim aumentou o número de cadeiras e cursos nas federais, porém tomou forma sem que a infraestrutura das mesmas estivesse preparada para receber os estudantes com qualidade, dando lugar para um sem número de prédios alugados, laboratórios inexistentes e professores despreparados que tornam a universidade mais acessível, porém cada vez mais sucateada.

Esses são alguns poucos exemplos, dos quais tenho provas e testemunhas oculares dos fatos, além de todas as matérias jornalísticas já divulgadas, que mostram o quanto minha revolta contra essa manobra política no Congresso fere as liberdades do cidadão brasileiro em prol de uma entidade comandada por salafrários e bandidos que tentam se perpetuar no poder.

Para quem não sabe, eles chegam a ficar mais de 10 anos inseridos em diferentes faculdades, mudando de curso duas, três vezes, sem nunca terminar nenhum, conforme a necessidade de tomar de assalto diretórios e centros acadêmicos, e quando chegam a certa "maturidade", concorrem a cargos de vereador, deputado, e se não conseguem se eleger, são indicados para cargos de confiança no governo, conforme os exemplos que citei no texto, e, não fiquemos surpresos, cometem os mesmos crimes contra a democracia e o erário que perpetuavam antes.

Por isso minha gente, a hora é de se INDIGNAR! A proposta prevista no texto da Lei Geral da Copa só será votada no ano que vem, e a pressão precisa vir desde já para impedir esta afronta de uma entidade que NÃO representa os estudantes do Brasil, apenas os explora e os engana com benesses superficiais!

Não podemos conceber que um monopólio de interesses como este vai ser aprovado a nível federal e oferecer privilégios a um bando de corruptos profissionais enquanto o restante da população fica a ver navios.

Eu mesmo não sou mais estudante desde 2008, pago a entrada inteira em shows, cinemas, futebol e teatro, feita à exceção a espetáculos do SESC, do qual sou sócio por ser trabalhador do comércio, e vou batalhar até o fim das minhas forças para impedir que este cenário horrendo se desenhe nos próximos anos.

Às ruas contra a malversação do bem público feita pela UJS e o PC do B, que desvirtuaram a UNE a favor de seu projeto de poder autoritário!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Será este o fim do american way of war!?



Ao que parece as tropas norte-americanas finalmente sairão do Iraque, novamente com o rabo entre as pernas, tal como fizeram na Coreia, no Vietnã, no Cambodja e no Afeganistão. O prazo dado pelo presidente Barack Obama é o dia 31/12/2011, conforme anúncio desta quarta-feira.

Os Estados Unidos invadiram o país asiático em março de 2003 e por lá permaneceram durante quase uma década matando crianças, pessoas comuns, jornalistas, e claro, os soldados locais que tombaram, mas que só entram nas estatísticas como números e não seres humanos.

Apoiados por seus irmãos anglo-saxões Grã-Bretanha e Austrália, que reforçaram o efetivo, destituíram um ditador que durante muitos anos sustentaram com armas, dinheiro e falta de escrúpulos quando isto lhes foi conveniente.

Assim que o dono do bigode mais perigoso do oriente médio lhes deu uma banana pela segunda vez - lembremo-nos do Golfo, mandaram-lhe enforcar. Ah! Como foi diferente o tratamento estadounidense ao cover de Stálin quando este impediu o avanço do poder dos aiatolás iranianos na região, em 1979.

Será que antes de parar de ser um lambe-botas Saddan era um ferrenho defensor das liberdades civis, eleito democraticamente, e que repassava à população miserável de seu país todos os serviços públicos de qualidade que poderiam ser mantidos com a riqueza obtida com a renda do petróleo!?

O povo não é idiota.

A mudança de postura dos norte-americanos só veio no momento em que os interesses econômicos dos reis da selvageria do capital financeiro não eram mais atendidos.

Juntou-se a eles a demência paranoica criada após os atentados de 11 de setembro de 2001 pelo macaco de feira George W. Bush.

Com a conivência da imprensa, ele conseguiu ludibriar aliados e eleitores, transformando improváveis ameaças de um falido "Satã", em um possível detentor de armas de destruição em massa, que estaria colocando em risco a vida do povo americano e os valores democráticos e a liberdade(de consumir, é claro) dos iraquianos.

A velha ladainha demagoga repetida à exaustão não cessou, as mentiras e bravatas jogadas ao vento sem qualquer fundamento ou justificativa permaneceram na mente das pessoas, enquanto as grandes corporações empresariais do ocidente aproveitaram a fragilidade das instituições do oriente para jogar suas ventosas sobre o petróleo e iniciar o processo superfaturado de reconstrução de uma nação destruída pelas patas imundas dos militares que lá pisaram.

Debaixo de seus pés prisioneiros foram torturados na detenção de Abu Graib, sob o olhar sombrio das câmeras fotográficas e cinematográficas dos próprios agentes da repressão, que com orgulho e sadismo golpeavam e humilhavam o inimigo, naquele que ficou marcado como um dos momentos mais grotescos desta guerra inútil e que, mesmo hoje, não é admitido pelo governo norte-americano como um atentado aos direitos humanos.


Muito pelo contrário. São esses mesmos direitos, ao menos no discurso, que o atual presidente americano evoca para vangloriar a bravura e os sacrifícios de seus soldados ao combater "o terror" instalado no Iraque. Isso porque mesmo fazendo batalhas estratégicas covardes, como se estivessem no controle de um videogame, ainda conseguiram perder quatro mil e 500 homens que acreditaram na balela do american way of war.

Felizmente muitos movimentos sociais ao redor do mundo, inclusive as manifestações conjuntas retratadas neste vídeo da banda armênia System of a Down: http://www.youtube.com/watch?v=bE2r7r7VVic, bateram de frente com todas as suas forças através de uma campanha pelo fim da Guerra e a retirada das tropas americanas do Iraque.

Agora que a reivindicação foi "atendida", esses protestos devem retornar. Precisa permanecer o alerta para que o modelo desta afronta à soberania de um povo não seja mais ameaçada na Síria, provável próximo alvo da intervenção militar ocidental, onde mais uma vez virá à tona a história de que um ditador sanguinário, Bashar al-Assad, que já assassinou cinco mil de seus cidadãos, precisa ser derrubado mediante a força de agentes externos.

O Irã também pode aparecer no caminho, com os yankees novamente usando a mesma desculpa do reforço bélico do inimigo.

O american way of war ignora a existência do ímpeto dessas pessoas, sua união em busca dos próprios ideais, e a soberania que desenvolvem nos momentos de maior barbárie imposta por seus governantes autoritários para lutar até a morte e mostrar que são extremamente capazes de fazer a sua própria revolução, oferecendo benefícios aos seus irmãos e não aos megaempresários estrangeiros que só vão torná-los ainda mais explorados.

Tunísia, Marrocos e Egito já mostraram que é possível, apesar de ainda caminharem sob a vista de antigos membros dos regimes totalitários que insistem em não se retirar de cena.

Se é o fim do modelo de guerra norte-americano como nós conhecemos, a preocupação do momento é evitar que essa ideia bizarra de defesa da democracia do modelo ocidental a qualquer custo volte a ser feita.

Matar por dinheiro, pelo poder e o prazer de destruir jamais será uma virtude. Aliás, a guerra, por si só, não tem razão alguma que não seja dessas ordens. Qualquer uma delas.

O ódio regado a petróleo precisa desaparecer, e a população carente que sempre é a maior vítima desses conflitos deve começar a viver de verdade, sem lágrimas, sem sangue, com conforto, saúde, educação e independência real.

Stop the war Obama! Get out of Iraq!