sexta-feira, 14 de junho de 2013

Manifesto por um Brasil mais lutador


Antes de tudo, um esclarecimento.

O protesto contra o aumento da passagem do transporte público, do qual participo com muito orgulho desde a última terça-feira e que envolve diversos outros elementos inexplorados pela grande imprensa, não tem qualquer cunho político, apesar do que pregam Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Sergio Cabral e Eduardo Paes. 

Esse discurso de prefeitos e governadores é típico de quem teme a contaminação de outros setores da população pela revolta, o que na verdade já está acontecendo, para o desespero dessas autoridades.

Apesar de existirem partidos envolvidos nos atos, eles não representam a maioria dos manifestantes presentes.

Se resumem a colaborar com o todo, no que fazem muito bem.

Não temos líderes nem membros eleitos para manifestar nossas opiniões. Somos autônomos e livres para proteger e exigir nossos direitos.

Os atos contra o aumento abusivo da tarifa e por um transporte público de qualidade são legítimos e galgados em um levante popular sem precedentes nos últimos anos.

Que fique claro, de uma vez por todas. 

Não queremos desestabilizar ninguém de seu cargo por mando de outrem. 

Derrubar corrupto, salafrário, hipócrita e covarde é apenas uma consequência das arbitrariedades que eles mesmos perpetuam, e que ficaram evidentes na violência que autorizaram suas polícias a promover nas ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras nesta quinta-feira.

E agora, uma constatação.

Mais que a redução dos 20 centavos na tarifa, que dizem ser tão pouco e reajustada abaixo da inflação - o que é uma grande falácia, diga-se de passagem, comprovada nesta análise publicada pelo jornal Le Monde Diplomatique http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1181 , queremos acima de tudo caminho aberto para ocupar as ruas e fazer delas o nosso espaço de reivindicações contra todo e qualquer ataque promovido pelos governantes contra a população.

Que nós, brasileiros, a partir de agora, superemos os estigmas e a cristalização de conceitos impostos pela ditadura militar em nossa educação que esconderam de todos a necessidade de se batalhar contra qualquer tipo de repressão ou opressão.

E se precisarmos derrubar esses canalhas, vamos derrubar.

Somos também lutadores, não só no trabalho diário, mas também a favor das garantias constitucionais e outras mais que não estão na Carta Magna, mas que, diariamente, nos são tiradas em prol de interesses escusos.

E que a revolução caminhe a passos largos.

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